Há tempos venho pensando em como o amor de mãe é ao mesmo tempo prazeroso e doloroso... Explico...
Desde que a Laura nasceu eu que cuidei dela exclusivamente até o sexto mês. Então voltei a trabalhar e a babá ficou com ela... Até aí tudo bem, pois moro em uma cidade pequena, que em apenas 2 minutos estou em casa.
Mas aí o tempo foi passando e agora aquele bebê que eu deixei de cuidar há 6 meses atrás exclusivamente, agora é cheio de vontades e está explicitando sua forte personalidade. Ou seja, chegou a hora da maturidade da mamãe e do papai intervirem nesse processo antes que seja tarde demais...
Há tempos atrás já iniciávamos o processo de educação impondo pequenos limites pra idade que ela tinha, mostrando que pode brincar com os brinquedos, que tem coisas que não pode colocar a mão e a garotinha descobridora do mundo, não sei se entendia, mas obedecia.
E não é que de uns tempos pra cá a Laura está querendo colocar as manguinhas de fora... O
negoÇo tá feio
... É ela ser repreendida que dá gritos, dá tapas no chão, na cadeira, ou em quem estiver mais perto. E mostra, no auge dos seus 12 meses, que não gostou da repressão.. (tenho vontade de dar um
tapa beijo na danadinha quando ela faz isso).
Fora que quando faz algo errado e dizemos que não deveria (ela chora tão sentida que parece realmente que apanhou)... Aí meu coração que é tão mole e eu que sou tão besta penso no amor que sinto por ela e não quero vê-la chorar daquele jeito... Aí o meu lado racional me diz que não posso deixá-la fazer o que quer, pois o meu papel de mãe é ensiná-la os limites que a vida tem. Mas o coração fica em pedaços mesmo e eu nem tenho como esconder de mim... Tenho vontade de pegá-la no colo, aconchegá-la e protegê-la dos perigos que o mundo tem... O meu bebê tão pequenino e indefeso... E aí me lembro que é de pequenino que se torce o pepino e me fortaleço para mais um dia de educação.
Quantos AÍSSSS!!!
E tem sido assim... E sei que pelos próximos todos os anos da minha vida terei que ensiná-la, apoiá-la... Mas aí eu me pergunto: "Que amor é esse que dói tanto assim?" Um amor feito de renúncias.. Um amor que tenho que passar por cima dele por querer o melhor para o meu bem amado... Terei que conviver com esse dilema a vida toda? Pois sei que ainda teremos muitos momentos em que vou dizer não e ela vai se sentir contrariada. Eu também fui assim e minha mãe foi firme comigo. A mesma firmeza que minha mãe teve, eu terei que ter... Meu Deus como é difícil educar. Dái-me sabedoria Pai...
E com vocês tem sido assim também?
Beijocas e desculpem o desabafo...
Te amo filha, por isso diversas vezes digo que não pode, não deve, você se machuca... Quero o seu melhor sempre.
Mamãe Carol